TRAÇOS & COMPASSOS
O site do escritor
Conversando com
quem sabe
O
George Orwell, aqui em cima, fez um mini-guia de redação. São só seis regras –
e tão boas que abrem o Manual de Estilo
da Economist, a revista mais bem-escrita do mundo. A elas (com cada item
quebrando sua própria regra):
1.
Em circunstância alguma utilize um vocábulo extenso onde um reduzido soluciona.
2.
Se, por algum acaso, for possível cortar, eliminar, extirpar uma palavra, não
se dê de rogado: elimine-a de uma vez por todas.
3.
A voz passiva não deve ser utilizada quando a voz ativa puder ser escrita.
4.
Nunca use figuras de linguagem que já viraram arroz de festa. Eles podem ser o
calcanhar de aquiles do seu texto. Não faça isso, nem pela bagatela de um milhão
de reais. Correm boatos de que, só evitando expressões assim, você garantirá
textos de qualidade, se tornará uma figurinha carimbada da escrita e será
regiamente recompesado por seus leitores, como nunca antes na história deste
país.
5.
Não empregue um calão tecnicista quando tiver o arbítrio de elocubrar uma elocução
de uso anfêmero. E, finalmente:
6.
Quebre qualquer uma dessas regras antes de escrever bosta.
————————–
Nossa,
como eu sou engraçado. Agora em português:
1.
Não use uma palavra longa se uma curta resolve.
2.
Se der para tirar alguma palavra, tira.
3.
Não use a voz passiva quando der pra usar a ativa.
4.
Nunca use figuras de linguagem que você esteja acostumado a ler por aí. Elas
viraram lugar-comum. Perderam a graça.
5.
Não use um jargão quando você puder imaginar uma palavra do dia-a-dia. E
finalmente:
6.
Quebre qualquer uma dessas regras antes de escrever algo que soe tosco.
——————————-
E
agora no original, porque quem escreve bem é ele, não eu:
1. Never use a long word where a short one will
do.
2. If it is possible to cut a word out,
always cut it out.
3. Never use the passive when you can use the
active.
4. Never use a metaphor, simile or other
figure of speech which you are used to seeing in print.
5. Never use a foreign phrase, a scientific
word, or a jargon word if you can think of an everyday English equivalent; and
finally.
6. Break any of these rules sooner than say
something outright barbarous.
———
É
isso.
*Extraído
da internet
NOSSA
LÍNGUA PORTUGUESA
Você já pleonasmou hoje?
Todos os de expressão portuguesa (ou
quase todos) sofrem de pleonasmite, uma doença congênita para a qual não se
conhecem nem vacinas nem antibióticos. Não tem cura, mas também não mata. Mas,
quando não é controlada, chateia (e bastante) quem convive com o paciente.
O sintoma desta doença é a
verbalização de pleonasmos (ou redundâncias) que, com o objetivo
de reforçar uma ideia, acabam por lhe
conferir um sentido quase sempre patético.
Definição confusa? Aqui vão quatro
exemplos óbvios: “Subir
para cima”, “descer para baixo”,“entrar para dentro” e “sair
para fora”.
Já se reconhece como paciente de
pleonasmite? Ou ainda está em fase de negação? Olhe que há muita gente que leva
uma vida a pleonasmar sem se aperceber que pleonasma a toda a hora.
Vai dizer-me que nunca “recordou o passado”? Ou que nunca está atento aos “pequenos detalhes”? E que nunca partiu uma laranja em “metades iguais”?
Ou que nunca deu os “sentidos
pêsames”à “viúva do falecido”?
Atenção que o que estou a dizer não é
apenas a minha “opinião
pessoal”. Baseio-me em “fatos reais” para
lhe dar este “aviso
prévio” de que esta “doença
má” atinge “todos
sem exceção”.
O contágio da pleonasmite ocorre em
qualquer lado. Na rua, há lojas que o aliciam com “ofertas gratuitas”. E agências de viagens que anunciam férias em “cidades do mundo”. No local de trabalho, o seu chefe pede-lhe um “acabamento final” naquele projeto. Tudo para evitar“surpresas inesperadas” por parte do cliente. E quando tem uma discussão mais
acesa com a sua cara metade, diga lá que às vezes não tem vontade de “gritar alto”: “Cala a boca!”?
O que vale é que depois fazem as pazes
e vão ao cinema ver aquele filme que “estreia pela primeira vez” em Portugal.
E se pensa que por estar fechado em
casa ficará a salvo da pleonasmite, tenho más notícias para si. Porque a
televisão é, de “certeza
absoluta”, a“principal protagonista” da propagação deste vírus.
Logo à noite, experimente ligar o
telejornal e “verá
com os seus próprios olhos” a
pleonasmite em direto na pequena tela.
Um jornalista vai dizer que a floresta “arde em chamas”.
Um “governante” dirá
que gere bem o “erário
público”. Um ministro anunciará o reforço das “relações bilaterais entre dois países”. E um qualquer “político da nação” vai pedir um“consenso
geral” para sairmos juntos desta crise.
E por falar em crise! Quer apostar
que a próxima manifestação vai juntar uma “multidão de pessoas”?
Ao
contrário de outras doenças, a pleonasmite não causa “dores desconfortáveis” nem “hemorragias de sangue”. E por isso podemos “viver a vida” com um “sorriso nos lábios”. Porque um Moçambicano a pleonasmar,
está nas suas sete quintas. Ou, em termos mais técnicos, no seu “habitat natural”.
Mas como
lhe disse no início, o descontrolo da pleonasmite pode ser chato para os que o
rodeiam e nocivo para a sua reputação. Os outros podem vê-lo como um redundante
que só diz banalidades. Por isso, tente cortar aqui e ali um e outro pleonasmo.
Vai ver
que não custa nada.
*Extraído
de um jornal português.
CAPISTA: ALEXANDRE BOURE
1 - Para que serve uma capa de livro?
Uma informação que muitos que trabalham no ramo editorial acham ser óbvia — mas não é. Quais são realmente as
funções de uma capa de livro?
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A capa de um livro tem três funções básicas que, não por acaso, são as mesmas funções de qualquer embalagem de produto.
1) PROTEÇÃO
Nos primórdios do livro, a capa tinha
apenas esta função: proteger o frágil, caro e valioso conteúdo do livro. Sem
palavras, sem imagens.
2) IDENTIDADE
Com o tempo, a capa adquiriu mais um
propósito: identificar o
livro.
Passamos então a encontrar na capa as respostas para as seguintes perguntas:
O que é isso? O que este objeto contém? Quem criou este conteúdo? Quem pagou pela produção deste produto?
Outra função relacionada à identidade é dar a publicação umaaparência específica, distinta — uma identidade. O objetivo é diferenciar um livro de outros similares — torná-lo único — o conceito de identidade visual.
Passamos então a encontrar na capa as respostas para as seguintes perguntas:
O que é isso? O que este objeto contém? Quem criou este conteúdo? Quem pagou pela produção deste produto?
Outra função relacionada à identidade é dar a publicação umaaparência específica, distinta — uma identidade. O objetivo é diferenciar um livro de outros similares — torná-lo único — o conceito de identidade visual.
3) APELO COMERCIAL
A capa de um livro é
o primeiro contato do consumidor com a obra e é função dela atrair sua atenção
e instigá-lo a adquirir (vulgo "comprar") o produto chamado
"livro".
Conclusão:
Se repararem bem, estas três funções acima são as mesmas de uma embalagem de computador, de pizza ou de qualquer outro produto comercial. Mas existe uma diferença que faz da capa de um livro uma embalagem especial:
Conclusão:
Se repararem bem, estas três funções acima são as mesmas de uma embalagem de computador, de pizza ou de qualquer outro produto comercial. Mas existe uma diferença que faz da capa de um livro uma embalagem especial:
"A capa de um
livro é uma das poucas embalagens que é parte do produto. Não é descartável e,
em condições normais, permanece conectada ao produto até o seu derradeiro
fim."
*Transcrito do blog “O Capista”
AS CAPAS DE LIVRO DA EDITORA PIMENTA MALAGUETA
CAPISTA: NILTON REZENDE
CAPISTA: ALEXANDRE BOURE
CAPISTA: EDITOARTE
CAPISTA: DUAL,GERADOR DE IDEIAS
CAPISTA:SILENT DESIGN
CAPISTA:EMPRESA GRÁFICA DA BAHIA
Legal. Gostei das dicas, porém depende da característica da escrita para não se usar o pleonasmo. Não é mesmo? Pois é comum nos poemas.
ResponderExcluirMas estas dicas são interessantes para que escreve em geral, como contos por exemplo.
Abraços gratos,amiga Mirandi.
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