QUALIDADE E EXCELÊNCIA!

A PIMENTA MALAGUETA APROVA!

Os Jardins de Academus

“Os livros são o tesouro precioso do mundo e a digna herança das gerações e nações."

Henry David Thoreau

O JARDIM DO POETA E ESCRITOR ALFREDO GONÇALVES DE LIMA NETO







Alfredo Gonçalves de Lima Neto, filho de Durval de Freitas 

Gonçalves e Maria Angélica do Eirado Silva Gonçalves, 

nasceu em Salvador, Bahia, em 05 de abril de 1955. Fez o 

curso primário no Colégio N.Sa. do Carmo; ginásio e colegial 

no Colégio de Aplicação da UFBa; Medicina na UFba 
(concluido em 1980) e Filosofia pela CSal (concluido em 
1981).

Publicações: Antologias universitárias (1975 -1980);

Valenciano(2004); Rio de Letras(2008); Trívio(2010); Os 

Encantos da Morte(2011);

de Educação Letras e Artes (2008) onde foi o seu primeiro 

secretário geral e no ano seguinte o seu presidente; ocupa a cadeira 03

Médico do quadro clínico da Santa Casa de Misericórdia de 


Valença; pediatra concursado da Prefeitura Municipal de

 Valença; médico plantonista do Hospital de Camamu; 

Auditor da UNIMED-Valença; já trabalhou nos município

Tancredo

Foi diretor da 5ªDIRES (1986-1990); diretor de Saúde do 
(2010-2011)

Prêmios: 3°e 4° colocado do Concurso de Contos dos 20 anos do Jornal da Bahia.




                                                                           VIDA ACADÊMICA


Alfredo Gonçalves de Lima Neto, médico por profissão, artista da palavra por desígnio dos deuses (e quiçá com um pouquinho de força dos demônios também), nasceu em uma madrugada, possivelmente, chuvosa – daquelas de tempestades que, assustando a quem é surpreendido nas ruas, anunciam os grandes cataclismos –, já que a maioria das crianças soe escolher as horas mais insólitas para vir à luz, imagino que isso sucedeu com ele que, também por vocação dos deuses (ou dos...), já veio ao mundo fazendo travessuras.No entanto, dizia eu que a possível tormenta da qual falava, supondo ter ele vindo ao mundo naquela noite, ao ter as mesmas características das que pressagiam desgraças, ironicamente trouxe um fato benfazejo. Um menino que, se poderia dizer, era antípoda do personagem das histórias infantis, uma vez que não se negou a crescer, sendo que houve apenas uma semelhança com aqueloutro, posto que Alfredo, ao se fazer homem, em espírito, permaneceu eternamente criança, já que, para ele, a vida é tão-somente um ato lúdico, só valendo a pena vivê-la com ajuda de muito riso, brincadeiras, gracejo, festança, pilhéria, caçoada, folgança, galhofa, zombaria e, consequentemente, muito humor.

Não sei se ao nascer, algum anjo torto, daqueles que vaticinaram a Drummond, o fado de “ser gauche na vida”, auguraram-lhe destino semelhante. Sei, contudo, que o dotaram de uma etérea sensibilidade, de uma honestidade ilibada e de um espírito de companheirismo ímpar. Tudo isso, porém, repleto de ironia, de zomba, diria mesmo que até de certo espírito de galhofa, características as quais podem parecer aos desavisados coisa de pessoa que não leva nada a sério.

Ledo engano.Alfredo, em sua aparente adolescência eterna, é sério e sisudo. Sua obra literária assim o prova. Um dos seus temas favoritos é o último ato da vida, conforme podemos constatar neste “Os Encantos da Morte”, um livro primoroso sob todos os sentidos. E esse primor caracteriza-se pela riqueza da linguagem, pela fina ironia do humor, pelas sutilezas das metáforas, pela trama bem urdida e pela elegância verbal.

Há um lugar-comum – do tipo desses que aparecem nos pára-choques dos caminhões – relacionado com os médicos, o qual reza: “Por lidar tanto com a morte, talvez seja o que melhor saiba lidar com a vida”. Aplicando-o ao escritor Alfredo, eu diria que ele por trabalhar literariamente com o lado absurdo e contraditório da vida – e sua obra é a melhor prova disso –, melhor consegue brincar de forma magistral com a morte.

O leitor sensível, ao adentrar nas páginas deste livro, constatará que essas palavras são o retrato vivo sobre um escritor que consegue transformar em fina ironia – às vezes com laivos de zombaria e sarcasmo – as chamadas tragédias da vida.
TEXTO DE ARAKÉN VAZ GALVÃO


  


                                 CONHEÇA O TRABALHO DE ALFREDO GONÇALVES LIMA NETO VISTO PELOS SEUS LEITORES



Último mistério da existência, experiência pessoal, intransferível e, para muitos, dolorosa, a morte tem também sua sedução; aquela mesma atração que, segundo Nietzsche, faz o abismo olhar para quem passa o tempo todo olhando para o abismo. Médico de formação, escritor por vocação e com o bisturi afiado para as letras, Alfredo Gonçalves de Lima Neto, encontrou naquela que o poeta Manuel Bandeira chamou de “a mais indesejada das gentes”, inspiração para o livro de contos “Os Encantos da Morte”, lançado no final do ano passado.
São seis histórias que deixam transparecer um leitor voraz e um criador que, num sadio exercício de intertextualidade dialoga com outros autores, como argentino Jorge Luís Borges (“O criador de sonhos”) e com realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez, Juan Rulfo, Júlio Cortázar e outros (“Nos caminhos do abandono”). O que não significa que o autor – radicado em Valença, no baixo sul do estado e membro da Academia Valenciana de Educação, Letras e Artes (Avela), fundada por inspiração do inquieto escritor Araken Vaz Galvão – não tenha timbre próprio.
As histórias de “Os Encantos da Morte” encantam pelo pulso seguro de quem domina a narrativa e a estende com a difícil arte da fabulação, prolongando e desdobrando a trama até o surpreendente desfecho como um enredo policial. Assim é, por exemplo, “As quatro mortes do Senhor Faustino”, a trajetória de um homem que abandona a família em defesa de uma causa (uma revolução ou uma conspiração humanitária), é odiado pelos familiares, com exceção da filha, Esperança, cujo nome é um achado simbólico para a personagem  ansiosa por rever o pai (um monstro como todos diziam ou um homem incompreendido e injustiçado?).
Depois de muito tempo sem ouvir notícias do Senhor Faustino, cada membro a família é visitado por um homem de aspecto lúgubre, verdadeira personificação da morte, assim descrito pelo autor: “figura macérrima e esguia trajando um sobretudo preto que mal lhe desenhava a esquálida figura [...] rosto pálido com dois olhos pontiagudos que pareciam saltar de suas órbitas, e um nariz adunco, lembrando um daqueles rostos invulgares que encontramos nos quadros de Bosch”.

                     TELA DE HYERONIMUS BOSCH SOBRE A MORTE


DR. ALFREDO GONÇALVES LIMA NETO .SUA PRESENÇA NAS PÁGINAS DESTA SELETA É MOTIVO DE ORGULHO PARA TODOS NÓS.

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