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“Os livros são o tesouro precioso do mundo e a digna herança das gerações e nações."

Henry David Thoreau

segunda-feira, 18 de abril de 2016

OS CAMINHOS DA LITERATURA


TRAÇOS & COMPASSOS

                                             UM BLOG DE EDITOR PARA ESCRITORES

                        OS CAMINHOS DA LITERATURA


A Cultura como nós a conhecemos está mudando e,como a Literatura é uma parte muito importante da cultura e porque esse assunto,particularmente nos interessa como escritores e leitores,vamos conversar um pouco sobre essas mudanças que nos assustam um pouco,como aliás,tudo o que é novo.”É preciso que tudo mude para que fique como está”,diz o Lampedusa,mas,no caso das Artes esse conceito está longe de ser verdadeiro.As mudanças são flagrantes e nada está como foi ou deveria ser.
Comecemos pelo pouco valor da palavra,substituída pela imagem ou pela música.Escreve-se muito,mas,pouco se lê e o audiovisual se sobrepõe á palavra escrita,ao pensamento perene ou a sabedoria transmitida pelas gerações passadas.
A cultura livresca ,como dizia T.S.Elliot,no seu ensaio,vai perdendo força e vitalidade onde as humanidades clássicas estão perdendo espaço ,existindo apenas nos meios intelectuais onde se reverencia a alta – cultura.
O que se nos apresenta  no lugar da alta – cultura é  a banalização e a frivolidade  e,no campo informativo um jornalismo irresponsável,voltado ao escândalo e aos mexericos,onde denúncias não comprovadas ou calúnias arrastam um nome honrado á lama sem que  haja punição ou,ao menos,retratação.
Os adeptos da cultura de massa ou contra – cultura  criticam o nosso elitismo e a nossa exigência de ,pelo menos ,quem escreve ou poetiza ,deve saber escrever e poetar,afim de não agredir os nossos olhos e o nosso pensamento ,com trabalhos literários inexpressivos e imediatistas – não duram uma geração –pagos com muito suor por pseudos autores a editores que ganham para publicá-los,eles ,mesmos,uns vendilhões do templo literário,á espera de um Nazareno que os expulse do mercado.
A diferença entre os escritores do passado e os de hoje é que aqueles pretendiam transcender o tempo presente, durar para sempre como bem diz Vargas Llosa  e educar gerações, ao passo que o produto livro,nos dias atuais é fabricado  para ser rapidamente consumido  e logo  digerido   para desaparecer como pipocas ou biscoitos,continua Llosa.
Dante,Shakespeare,Faulkner,Mann,Kafka,Joyce   escreviam obras que “derrotavam a morte”e  fascinaram várias gerações .
Ao contrário dos livros de hoje  que,como as telenovelas e os shows são feitos para durar,apenas,o tempo da apresentação,para dar lugar a outros produtos novos e de má qualidade como esses.
Ao capitalismo e seu subordinado,o Mercado,o que interessa é o sucesso comercial da obra e a diferença entre valor e preço  quase que se apagou,pois,tem valor aquilo que é vendido ,é ruim o produto bom ,mas,que não tem público ,pois,lhe falta publicidade maciça e é produzida para um público imbecilizado,pouco lúcido e menos ainda educado para entender as sutilezas do pensamento humano ,na sua essência.Gente condicionada ao mercado e á publicidade como os cãezinhos de Pavlov.
Livros descartáveis que aparecem e logo desaparecem como seus autores.Como disse uma jovem autora a um escritor famoso: -Estou aqui para vender livros e ficar rica.(!)
Muitos veem tudo isso com alegria pois acham que a cultura Mainstream está muito mais democratizada,levando a vida cultural a  aqueles que antes não tinham acesso ,pois,a elite monopolizava a  cultura,tornando – a por demais aristocrática.
Tudo isso é muito nobre,mas,a cultura como a conhecemos está desaparecendo e o que restou foi apenas não um leitor consciente,mas, um consumidor de ilusões. 
Vide :
T.S.Elliot:Notas Para Uma Definição de Cultura
Steiner:O Castelo de Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição da Cultura
Debord:La Socièté Du Spectacle
Vargas LLosa:A civilazação do Espetáculo

           O EDITOR  MONTEIRO  LOBATO






Palestra em Ouro Branco,Minas Gerais,durante a 4ª Semana de Incentivo á Leitura

Homem de múltiplas facetas,o escritor Monteiro Lobato,um dos mais importantes do nosso país,era também editor.
Essa idéia  nasceu da compra da “Revista do Brasil”,onde antes colaborava com seus artigos polêmicos,como “A Velha Praga”,condenando as constantes queimadas que grassavam nas fazendas de café com a desculpa da renovação do solo.
Pois,desta revista,acabou brotando a Cia.Editora Nacional que veio revolucionar o mercado editorial brasileiro,inexistente numa época onde todas as nossas grandes publicações eram feitas em Paris ou Lisboa.
Nacionalista  ferrenho,Lobato,revoltou-se contra isto e contra a “panelinha” literária,onde só medalhões tinham acesso às publicações.
Levantou-se ,também,contra a “sacralidade “do livro,conforme pensavam  os leitores,livreiros e escritores da época,que viam com horror de donzela,a necessidade de se vender como mercadoria esse objeto sagrado.
Lobato mostrou que o livro, sim,é um negócio como outro qualquer,que gera custos,logo ,tem que gerar receita,e apregoava aos quatro ventos:
-“Livro é  sobremesa; tem que ser posto diante do nariz do freguês”, para horror dos puristas da época.
Acreditando nisto,e,ignorando solenemente as pedradas que recebeu toda a vida,na sua editora recusou-se a publicar medalhões e abriu caminho para novos autores desconhecidos como a Srª Leandro Dupré (Éramos seis),Osvaldo Orico,Pedro Calmon,Menotti dal Picchia,Oswald de Andrade, Paulo Setúbal e muitos outros,renovando a literatura nacional.
Mas,como vender?Esse era o busilis.
Que fez Lobato?
Criou uma rede de distribuição que se  constituiu numa reviravolta editorial, introduzindo  métodos práticos e funcionais; dirigindo-se ao Departamento de Correios e verificando a existência de  mil e tantas agencias postais no pais, escreveu uma carta –circular   a cada agente,pedindo a indicação de casas ou firmas que pudessem receber esta mercadoria chamada “ livro”.
Com muita surpresa viu que todas as agencias lhe responderam.
De imediato entrou em contato  com comerciantes diversos  perguntando-lhes se não quereriam aumentar seus lucros vendendo livros consignados,uma mercadoria como outra qualquer,batata,bacalhau ou querosene.
Logo,se não vendesse, o comerciante  devolveria o produto cujo porte seria pago pela Editora.
Se os vendesse  receberiam uma comissão de 30%.
E,enfático:-Responda se topa ou não topa.
Quase todos toparam. E Lobato passou de trinta e poucos vendedores anteriores,as livrarias,para cerca de mil e tantos postos de venda,lojas de ferragens,papelarias,farmácias,bazares etc.
As edições que não passavam de 400 exemplares subiram para três a quatro mil e os livros pululavam,às vezes,até seis lançamentos num mês.
Mas,Lobato havia inovado também na qualidade gráfica,no feitio das capas,substituindo as antigas e feias por capas desenhadas por nomes famosos das Artes Plásticas,como  Lemi.
Lobato corria atrás do leitor,procurando saber onde morava,levando o livro pessoalmente em casa dele,batendo papo sobre tudo,fazendo do leitor um amigo.
Modestamente, confesso ,que ajo assim,também;cada leitor é meu amigo,quero saber dele,escrevo para ele,adoro seus comentários e sugestões.
Não tenho pudores para vender meus livros;sem ser invasiva ofereço,propago,procuro.
Quando penso em oferecê-lo a alguém, que acho que haveria de gostar da obra, e esse alguém não pede o livro,penso comigo:-Que pena!
E lamento não ser rica para poder presenteá-lo.
Este ser humano tão rico de idéias e pensamentos, Monteiro Lobato ,existiu.

Monteiro  Lobato,num excelente trabalho de André Monteiro


E está sempre presente no meu pensamento. Sua influencia sobre mim ,desde a infância,pois,”Reinações de Narizinho” foi o primeiro livro que li,permanece até hoje e eu o amo  como um pai espiritual que abriu para mim os caminhos do Conhecimento.
***Trecho da palestra que proferi  “Monteiro Lobato,um homem de muitas Artes”,na Academia de Cultura da Bahia.
*Miriam de Sales é escritora,editora e palestrante.
Contatos:miriamdesales@ gmail .com
TEL:71- 30164338
Atendemos todo o Brasil



Palestra na Escola "Letras E Números",em Prnambués.Com a Professora Ivone Alves Sol



A LITERATURA DESCARTÁVEL É UM PROBLEMA?

Mas estou perplexo. Atônito. Darnton está organizando a Biblioteca Digital dos EUA, que pretende reunir o acervo de todas as bibliotecas do seu país. Tem, obviamente, seus conflitos com o Google. Na Europa, 27 países estão organizando a Europeana. É uma coisa maravilhosa, tipo ficção científica. Teremos em nossas mãos todo o conhecimento do mundo. Nunca o saber foi tão democrático. Mas atrás disso há problemas terríveis. Por exemplo: onde e como armazenar tudo isso? E se, de repente, tudo se apaga? Nos EUA, 23% do orçamento da Biblioteca Digital são reservados para duplicação dos bancos de dados em outro suportes. Não se pode correr o risco de ver desaparecer toda a memória universal por um erro digital.

Outro problema: aumenta a produção da “lixeratura”, da literatura descartável, para gerar dinheiro, movimentar o mercado. Na Inglaterra, diz Darton, houve uma famosa quinta-feira na qual foram editados, num só dia, 800 títulos. O consumo de livros está aumentando. Deveríamos todos ficar felizes. Mas há um problema: o sistema está enfartado, engarrafado, exatamente como nas ruas e estradas cheias de carro.

Por isso é necessária e urgente uma reunião de editores, livreiros e autores para solucionar o imbroglio. São todos vítimas do atual sistema. Os editores e livreiros estão tentando livrar suas caras do jeito que podem. Já os autores são o elo mais fraco dessa cadeia, a menos, é claro, que abram mão de seus projetos e corram atrás do mercado, que os engolirá e os defecará instantânea e gloriosamente.


  
www.affonsoromano.com.br








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Um comentário:

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