Ana Meireles é Psicóloga formada pela
UFPA, Campus Belém. Cursou
especialização na UNAMA (Universidade da Amazônia), escolhendo a interface da
Psicologia com a Ciência do Direito – Psicologia Jurídica. Atualmente é
Servidora Pública vinculada à Secretaria de Assistência Social (SEAS) na função
de psicóloga em uma
Instituição de Longa Permanência. Desde cedo escrever era um
ato de grande prazer. Prazer que por longo tempo ficou adormecido até novamente
ser despertado ardente como o calor de uma paixão. Paixão esta que fez a sua
escrita ser um sentir sem compromisso, na visita sem hora da inspiração que ao chegar
quer somente escutar o silêncio que moureja o jardim da alma.
De
argamassa
De tijolos e cimento eram os versos que
escrevia.
Uma construção de inversos,
empilhamento de palavras bem casadas.
Sem a beleza do efêmero,
no deslumbramento.
Hoje escrevo à margem do tempo
sem me convencer.
Escavo a massa no sereno do momento.
Formo a pasta que se tece ao vento.
Dou gosto ao trigo, verso sem
constrangimento.
Faço essa alquimiação:
Ponho argamassa na alma.
Toco o fino tecido do pergaminho, e...
se na hora,
a inspiração chega e me devassa,
deixo que ela se vista de seda,
procure o seu caminho
e o meu corpo abrace.
(AnaMeireles)
O Rumo das Palavras
Não sei o rumo que
as palavras tomam
escritas no branco
de um papel
e depois dissecadas
na leitura crua
de infinitos
significados.
Nomes e conceitos
buscando um berço
o enlevo da emoção
na razão que a mente
escava
farejando os
sentimentos
à forma de nexos e
complexos
eixos neuróticos e
nervosos
figuras paradoxais
vestes de “EUS”
entorpecidos e
obtusos
da alma sem cantil
para ler e
beber.
Não sei o rumo que
as palavras tomam
nos seus sentidos
devanescentes
às vezes
beligerantes e metamorfoseantes.
Alquimias
intrigantes que à fina compreensão escapa.
Leitura oca da
palavra frouxa
que ameaça o
espírito da escrita louca.
Não sei o rumo que
as palavras tomam
sem enredo num
pergaminho;
correndo soltas como
ingênuas moças
desnaturadas na
interpretação.
É uma sina triste e
tosca
ficar prisioneira na
interrogação?
Ana Meireles
ANA MEIRELES,POETA PARAENSE,SENSÍVEL E HUMANA ,SEU TRABALHO AJUDOU A ABRILHANTAR NOSSA SELETA.
Ana meireles, o seu escrito é argamassa, ambrosia...um melhoramento pra alma.
ResponderExcluirO seu talento e sensibilidade, dão um toque especial de requinte e singeleza à seus trabalhos.
Continue postando pitadas de "alquimiação e deslumbramento" ...o mundo anda muito carente disto.
Raiany silva
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAninha , minha amiga querida!!
ResponderExcluir" A Poetinha" que com íntima relação com as letrinhas torna-se grandoiosa em seus pensamentos.
Que linda sua página amiga.
Ou melhor seu jardim..
Parabéns..
Beijos e sucesso sempre
Cristina Henriques