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sábado, 10 de novembro de 2012

ENTREVISTA DA ESCRITORA MIRIAM SALES NO BLOG "POEMAS DE MIL COMPASSOS"


ENTREVISTA COM A ESCRITORA MIRIAM DE SALES

“É uma luta conseguir fazer vingar qualquer movimento literário na Bahia de hoje.” (M.S.)
Por Ronney Argolo*
Miriam de Sales Oliveira nasceu em Salvador, Bahia. Professora formada pela Faculdade de Filosofia da Bahia, escritora por vocação, estudiosa de História e Literatura. Fez vários cursos livres dessas matérias na Fundação Calouste-Gulbenkian, em Lisboa, no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, na Fundação Cultural do Estado da Bahia e no Museu Carlos Costa Pinto. Como pedagoga especializou-se em Piaget e Maria Montessori, ministrando cursos sobre esses mestres em várias escolas particulares de Salvador. Escreve para vários sites e para jornais e é membro da Academia Poçoense de Letras e Artes, ocupando a cadeira 55. Membro da Academia de Cultura da Bahia e da Academia de Letras Y Artes de Buenos Ayres. E , recentemente, foi uma das convidadas palestrantes da Flica (II Festa Literária Internacional de Cachoeira) que mobilizou a cidade do Recôncavo Baiano em torno de discussões literárias e reuniu intelectuais brasileiros e internacionais.
Ronney Argolo – A senhora diz que escreve porque isso te acalma. Mas o que te desassossega?
Miriam de Sales – A situação mundial como um todo. As crises, as guerras, o preconceito, as diferenças sociais. Vejo que o “homo sapiens” está cada vez menos “sapien” e muito mais animalizado. A Estupidez Humana continua imbatível, os valores desaparecem, as instituições, antes tão acreditadas, se dissolvem, as crenças medievais ainda ditam nossos valores e a violência predomina. Não é um cenário desolador? Mas, o que mais me incomoda é a passividade, o “laisser faire”, a perda da capacidade de se indignar que corrói nossa sociedade.
Ronney Argolo – Como a senhora se sente ao terminar um texto? Menos ou mais inquieta? Por quê?
Miriam de Sales – Sinto um alívio. Monteiro Lobato já dizia que escrever é como fazer xixi, tem que deixar fluir, sem peias, sem críticas, sem uma análise, sequer. Ao terminar, consertam-se os erros e só; conserva-se intacto o pensamento. Se alguém não concordar com o que leu, paciência; é só deletar. Quando escrevo textos críticos ao “establishment”, tentando mostrar às pessoas como as coisas que parecem ser, não são exatamente como as vemos, quando meus artigos levam à reflexão, sinto-me tranquila, apaziguada, com uma confortável sensação de dever cumprido. Se ao menos uma pessoa ler e parar para refletir, terá valido a pena. Enfim, não escrevo para agradar, mas, sim, para desassossegar.
Ronney Argolo – Em seu site, a senhora se define como fruto da internet. Na sua opinião, como a internet interferiu no mercado literário?
Miriam de Sales – A internet mudou quase tudo no mercado literário. Democratizou a escrita. Hoje, graças a ela, muitos podem escrever, expressar seu pensamento, tornar público – publicar – o que pensa e sente. Há muita bobagem lançada na rede? Sim, mas, cabe aos leitores, criar um filtro e só os bons permanecem. Escrever é um ato solitário, como a masturbação; e, diante de uma tela em branco todos se desnudam. Antes da internet, a maioria dos escritores brasileiros eram jornalistas ou começaram escrevendo nos jornais. Era o espaço com que contavam, um espaço para poucos. Fico pensando em quanta gente boa se perdeu, por não ter acesso à publicação dos seus trabalhos. Não sei se você notou que nossos grandes escritores eram funcionários públicos, portanto, com amplo acesso ao poder. Drummond, Vinícius, Guimarães Rosa, João Cabral... Ou mulheres de maridos ricos que bancavam essas “excentricidades” das esposas. Como brotaram, no século 20, as donas de boutique. A mulher tá enchendo muito o saco, abre uma boutique para elas. Alma ocupada não é tentada, dizia minha avó. Outra coisa, o trabalho árduo é inimigo do escritor. Durante o tempo que luta pela sobrevivência, fica difícil o sujeito chegar em casa, apanhar uma folha de papel e tentar colocar seus pensamentos e sentimentos. Eu mesma comecei a publicar quando parei de ter um trabalho externo. Como não nasci para dondoca, fiquei inquieta, lia o dia todo, ia à praia, mas, sentia-me inútil, oca, vazia. Então, ganhei um PC do meu marido e descobri fazendo pesquisas no Google o site literário Recanto das Letras. Aí, começou tudo. Publiquei, com medo, um pequeno texto, no dia seguinte e nos próximos foram tantos comentários elogiosos que nunca mais parei. Hoje, tenho, só neste site, 190.926 leituras e 1038 textos publicados. Ao todo, são milhares de textos e mais de um milhão de leitores na rede, segundo o Google, além de cinco livros publicados, “A Bahia de Outrora”, meu carro – chefe, já vai para 5ª edição. “Contos e Causos” e “Contos Apimentados” já estão na 2ª edição. “Maktub” e “As Filhas do General”, em e-book.
Ronney Argolo – A senhora lançou uma obra que une texto, músicas e imagens. Como harmonizar diferentes linguagens? Algo que une tantas formas diferentes de comunicação ainda pode ser chamado de livro?
Miriam de Sales – Porque não? Creio que você se refere aos e-books. Serão os livros do futuro. “As Filhas do General” contém uma estória curta, com músicas de Chopin, como pano de fundo, e imagens de telas de escritores ingleses do século 18. Ficou um livro belíssimo e muito agradável de ler. “Maktub”, que foi minha estreia como autora, continha pequenas mensagens e estórias curtas. Lancei na Bienal de Salvador em 2009 e vendi mais de 1500 unidades durante e após a Bienal. Já os livros impressos contêm apenas imagens em preto e branco.
Ronney Argolo – Qual o espaço da literatura na era do audiovisual?
Miriam de Sales – Mudamos as formas, não os conteúdos. A minha geração ama o livro impresso, eu mesma não consigo ler um  livro digital; prefiro o cheiro, a textura do livro impresso. Durante muitos anos ele persistirá. Mas, as novas gerações – a geração Facebook – imediatista, sôfrega, preguiçosa, mesmo, ainda preferirá o livro digital que pode ser degustado nas viagens, no trânsito (embora no trânsito das grandes cidades deva-se levar “Guerra e Paz”), no intervalo das aulas e do trabalho, sem chamar muita atenção. Sou de opinião que o livro, principalmente os clássicos, seja lido nas escolas no Tablet e mostrado textos no telão para ser debatido em classe. As pessoas não podem gostar do que não entendem, daí a importância de se discutir o livro.
Ronney Argolo – A senhora escreve contos, crônicas e romances. Qual gênero prefere? Por quê?
Miriam de Sales – Para escrever prefiro os contos. Sou imediatista e preguiçosa, jamais seria uma boa romancista. O conto atinge um número grande de leitores, pois, todos gostam de ouvir e ler estórias. É lúdico e instrutivo. Subliminarmente, a gente vai passando conhecimento, vai fazendo pensar. O humor predomina na minha literatura, pois, o público gosta de rir e literatura é, antes de tudo, diversão. Se além de divertir, ensinar, ótimo. Livros maçantes não têm muito sucesso. Meus livros são escritos numa linguagem coloquial, que todos entendem e gostam. Não escrevo para ganhar prêmios literários, na sua maioria, fajutos – você vê que nem o respeitado Nobel escapou – e nem para ficar rica. Escrevo, apenas, pela necessidade de exprimir meu pensamento. Não busco fama, nem reconhecimento; tenho um público cativo na internet e fora dela. Estando na rede, estou no palco da vida. Escrevo para sites, jornais virtuais, e nos meus nove blogs. O escritor tem que aparecer, mostrar que está vivo, é como uma puta, tem que ficar na janela para marinheiro ver...
Ronney Argolo – A senhora tem uma editora. Como avalia a produção literária baiana contemporânea? Quem são esses novos autores e o que eles querem? É possível identificar traços comuns? Se sim, quais?
Miriam de Sales – A literatura baiana flui e tem vários novos nomes interessantes. Existe uma produção constante, embora, nem sempre divulgada. O que falta entre esses novos autores é união, pois, ela é que faz a força. A maioria vive dispersa, solitária e não se agrega. É uma luta conseguir fazer vingar qualquer movimento literário na Bahia de hoje. A Câmara Baiana do Livro morreu. Houve há algum tempo um núcleo de poetas que também desapareceu. Existem ativistas que lutam a duras penas para divulgar e lançar autores, eu, o Valdeck de Jesus, a equipe do Fala Escritor que sobrevive a duras penas graças à garra dos seus líderes. Mas, na nossa terra, como bem disse um conhecido jornalista baiano, é proibido ter sucesso. As pessoas sentem-se particularmente ofendidas, quase esbofeteadas. Começam as picuinhas, as intrigas, os inimigos ocultos. Sou uma observadora do mundo e lhe afirmo: os autores baianos que se destacaram nacionalmente tiveram que sair para os grandes centros. Jorge, Ubaldo, Capinan... Adonias Filho, um grande escritor, nunca teve seu talento reconhecido. Nas festas literárias, no espaço da grande mídia, sempre são convidados os mesmos; alguns já morreram e não sabem, só faltam deitar. A mídia vai procurar os intelectuais, cuja prosa difícil e chata, na sua grande maioria, ninguém lê. Aos quase setenta e não sendo uma escritora gov.com  não tenho medo de careta, por isso, digo o que penso. Temos uma Academia de Letras. O que ela faz em prol da nossa literatura, você sabe? Pois é, nem eu. Foi-se o tempo em que se dava a mão e a oportunidade aos novos. No tempo do poeta Artur de Sales, meu tio-avô, havia união, congraçamento, compartilhamento. O poderoso Hugo Baltazar da Silveira realizava saraus na sua casa onde os poetas e escritores se reuniam, independente da classe social, tendo como brazão as o seu talento. Bons tempos onde florescia o saber, a cultura, a inteligência, a verve de Lulu Parola, a poesia de Amélia Rodrigues, o talento de Otávio Mangabeira. Muito diferente do academês de hoje. Embora tenha formação acadêmica  prefiro escrever para o povo e lutar pelo povo. Minha literatura é democrática.
Ronney Argolo – A literatura é um campo machista? Os editores e o público têm resistência com as escritoras mulheres? Quais dificuldades enfrentou no começo da carreira?

Miriam de Sales – Não sei, no meu caso se foram dificuldades, pelo menos, deste tipo que você se refere. Quando decidi publicar o fiz por conta própria; não perdi tempo e nem gastei sonhos enviando material para editoras, pois, sabia como essas coisas funcionam; quase sempre não funcionam. Então, preferi o bloco do “eu sozinha”. Publiquei o “Bahia...” e fui à luta para vendê-lo. Não era uma mera desconhecida. Estava bem integrada com meus colegas escritores e tinha a internet. A FPC  me disponibilizou um espaço na feirinha “Vão das Letras”, que funcionava no TCA. No lançamento, vendi 100 unidades. Nunca parei de divulgar e vender livros. Fui cavando aqui e ali, devagarinho, batendo nas portas, mas, nunca deixando de entrar. Livro é um investimento, como a bolsa; tem altos e baixos. Tem que ser trabalhado e acompanhado pelo autor. Aqui ainda estamos na fase da sacralização do livro; o autor tem vergonha de vender seu livro, prefere não sair da sua torre de marfim; enquanto isso, as torres de livros publicados e não vendidos vão crescendo até atingir o telhado da casa. Ou ficam em caixotes debaixo da cama. Mas, o escritor preferiu perder o dinheiro a perder a pose. Já eu , o Lariú, o Hugo Homem e a Marta Medeiros vamos à luta. Marta decidiu viver da venda de seus livros e eu também. Este ano preferi priorizar a nossa nascente editora, mas, em 2013 começarei a maratona em todo o Brasil, com o livro viajante. Estabeleci uma meta de vendas anuais e lutarei por ela. Quanto ao machismo, sinceramente, nunca percebi. No meu caso, pelo menos. Talvez essa bobagem esteja mudando, veja quantos livros de autoras foram publicados no Brasil, este ano. Aqui na Pimenta Malagueta publicamos seis autoras só nesta metade do ano. Entre elas, três poetisas (detesto chamar mulher de poeta; aí, sim, há um machismo burro). Destas três, uma está com seu livro esgotado. Mas, como você sabe as mudanças são lentas. Há que se esperar o tempo certo. Gostaria de, aproveitando a deixa, levar um recado para o novel autor. Nunca desista dos seus sonhos. O desafio não pode ser maior que o desafiado. Se não acreditar em você, quem irá acreditar? E, não caia no engodo de certas editoras. Muito cuidado ao escolhê-las. Laranja madura na beira da estrada tá bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé. O meu medo, mesmo, é dos marimbondos, as “pegadinhas” das quais o autor na ânsia de ser publicado, não se dá conta.
Ronney Argolo – É cada vez mais comum que blogs virem livros. A senhora tem cinco blogs. Quais pretensões têm para eles?
Miriam de Sales – Cinco não, nove. Tenho muitos textos diversos publicados nos blogs, textos variados, desde crítica de filmes até filosofia, história, variedades, artigos políticos, etc. Um dia, pretendo reuni-los num livro, mas, apenas, para meu uso pessoal. 

Miriam com o escritor Aurélio Schommer.
Ronney Argolo – A Bahia tem leitores suficiente para sustentar um mercado literário local? É possível viver da escrita dentro do estado? A senhora vive disso hoje?
Miriam de Sales – Não há estatísticas quanto a isso; não que eu saiba. Talvez, em todo o Estado da Bahia haja um bom número de público leitor. No interior do Estado lê-se muito mais, pois, as opções de lazer são menores. O que temos que fazer é produzir novos leitores, seja com leituras nas escolas, contação de estórias e, principalmente, deixar de lado a literatura de coerção. O MEC presta um desserviço ao Brasil quando exige que o aluno leia os livros que eles determinam. Leitura é prazer, não obrigação. Comece com uma leitura acessível a todos, os contos de estórias infantis, o debate sobre os livros lidos. Em vez disso querem enfiar Machado de Assis, um magnífico escritor, mas, de linguagem arcaíca e difícil goela abaixo dos adolescentes. De que Machado fala? Do amor, do ciúme, da traição, da intriga, dos costumes da época. Ou seja, ele nos trás a essência da literatura. Se esse livro fosse bem estudado, em alguns casos, traduzido em classe, atingiria em cheio os adolescentes. Deixe que eles comecem, se desejam com Harry Potter e os vampiros. Daí passarão para Dumas, Júlio Verne, Vitor Hugo. Não apressem o rio do saber, ele corre sozinho. Porém, se a pessoa for obrigada a ler, teremos um futuro leitor perdido para sempre. Uma vez, numa palestra em Minas, os alunos desta escola me disseram que odiavam Machado de Assis. Daí eu lhes contei a estória do Dom Casmurro, sem dizer que era esta; todos ficaram encantados. Então eu disse, é um livro de Machado, o Dom Casmurro. Ficaram pasmos! Adoraram a estória. Sobre viver de livros, não, ainda não dá para viver de livros. Mea culpa, não me dediquei a eles como devia. Mas, se você voltar a me entrevistar no fim de 2013...
Ronney Argolo – Existe uma idealização da Bahia, usada principalmente para fins turísticos, que é formada por apropriações seletivas de obras de artistas como Jorge Amado, Caymmi e Carybé e que interfere em boa parte da produção artística local até hoje. Essa "Bahia idealizada" também se impõe na literatura? De que forma?
Miriam de Sales – Ajuda a trazer o turista que conhece a Bahia como a terra do suor, carnaval, axé e cerveja. Terra de homens preguiçosos e mulheres fáceis. Mas, não influi na nossa literatura atual, cujos temas são diversos e não necessariamente direcionados para a Bahia estereotipada pela mídia. Nossos autores estão preferindo mostrar uma Bahia real, principalmente depois dessas desastrosas administrações em Salvador. Nada de mito e magia. Para que cresçam e apareçam, nossos autores têm que sair mais da toca, se projetarem fora daqui, tornarem-se mais conhecidos nos grandes centros. Participarem de festas literárias, de saraus, de clubes de literatura. E, como venho repetindo à exaustão, fazer mais por si mesmo. Comecei a visitar festas literárias como passante, indo por minha conta e lá, fazendo-me conhecer. Depois, comecei a ser convidada e remunerada. Pois o escritor não pode viver de brisa como bem disse Ubaldo, no seu artigo no Globo, e eu ratifiquei no que escrevi “De Tanga e Chapéu de Gazeta”. O Conselheiro come, senhores. E o escritor também. Parem de nos convidar em troca de casa, comida e roupa lavada. Remunerem nosso trabalho. Como bem disse o meu querido Javier Moro: “Se eu puder entrar na sua casa, abrir a geladeira, apanhar um bife e comer, agradecer e sair, eu lhe darei um livro de presente”. Mortal, mas, verdadeiro.
Ronney Argolo – O que a senhora está lendo agora? Está gostando?
Miriam de Sales – É o que me destrói. No momento, sobra-me pouco tempo para ler. Mas, leio quatro livros de uma vez, assim, pela manhã, um capítulo de um deles, no momento atual, “Juliano”, de Gore Vidal; descansando do almoço, Carlos Fuentes, “A Vontade e a Fortuna”. No intervalo de trabalho, na editora, “O Brasil Vira-Lata”, muito interessante, do amigo Aurélio Schommer, e last but not least, os pensamentos políticos de Saramago, por sinal, muito parecido com os meus. Não se esqueça que tenho que ler, diariamente, vários arquivos que os escritores mandam para publicação.

Ronney Argolo além de jornalista do Correio da Bahia, já escreveu um guia sobre co* Ronney Argolo além de jornalista do Correio da Bahia, já escreveu um guia sobre como escrever bem para leitores de 9 a 11 anos e também já foientrevistado no LC. Seu blog no Correio. Contato: ronneyargolo@gmail.com
fotos: reproduçã



5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A Miriam é uma pessoa especial.

    Muito a comentar, mas destaco uma frase que é, em linguagem coloquial, "a cara dela". Frase escrita por ela mesma.

    - Aos quase setenta e não sendo uma escritora gov.com não tenho medo de careta, por isso, digo o que penso.

    As pessoas necessitam rir um pouco mais. Gosto de seus livros. APROVADOS!

    Amo você!

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  3. Eu adoro essa baiana amada!
    Foi muito bom te conhecer um pouco mais, amiga!
    Beijo!

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  4. HOJE É O SEU ANIVERSÁRIO, parabéns amada Miriam de Sales. Parabéns minha linda. Cumprimentá-la no dia de hoje (02 de dezembro) é válido, mas a realidade é que "damos os parabéns para você " todos os dias. Todos os dias você merece os cumprimentos, por sua valentia, coragem, talento, etc. Adjetivos não faltam a você. Quero lembrar mais uma vez que admiro-a, aliás você é uma pessoa admirada por inúmeras pessoas. Beijo amada. MUITOS ANOS DE VIDA PARA VOCÊ.

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